sábado, 31 de julho de 2010

Amor Clandestino

Por: Paula Kalantã
paulinhakalanta@yahoo.com.br

Na rua te vejo,
te vejo passar.
No sonho te beijo,
sonho doce, beijo doce...
vontade de amar,
clandestino, traiçoeiro,
pois tu que és rei da minha imaginação
não sabes do amor felino e sorrateiro
que eu humilde rainha,
trago no meu coração.

A JUVENTUDE E A EVOLUÇÃO

Por: João Roberto - Poeta em Ilhota-SC
ilhotaprevjr@hotmail.com


Crescem as vaidades,
As Vilas, as Cidades...
Expandem-se as nações;
Crescem as paixões,

Os rancores...
Neste berço de tantos amores
Onde os jovens são nossos corações.
Sou brasileiro! Brada o jovem
E com ele, todos também...
Trazendo na face um sorriso altaneiro;
Exaltando com confiança,
O progresso do nosso gigante,
Deste grande país brasileiro.
Juventude que tudo aparenta,
Mocidade que nos representa,
No compasso da evolução;
Serás tu, nosso jovem querido,
O progresso que já garantido...
Enobrece esta grande nação.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

FINO autografou seu CD "Qu4rto Mundo" na Livraria Suburbano do Bixiga






Texto: Alessandro Buzo
Fotos: Marilda Borges

Ontem (29/07/2010) rolou na Livraria Suburbano Convicto do Bixiga, uma tarde de autografos com o rapper FINO, lançando seu CD "Qu4rto Mundo".
Era uma noite concorrida, com diversos eventos (olha q loko) na cidade, entre eles o genial Sarau Rap apresentado pelo amigo Sérgio Vaz.....
Mas mesmo assim compareceu um pessoal bacana para prestigiar o FINO que deu a maior atenção a todos, autografou o trampo e falou um pouco sobre o processo de criação do disco, que é vendido nos shows e ontem à R$ 5,00.
Uma noite entre amigos
Alessandro Buzo
www.livrariasuburbanoconvicto.blogspot.com







Ornella veio de São Vicente





Livraria Suburbano Convicto
Rua 13 de Maio, 70 - 2o andar - Bixiga
(11) 2569-9151
suburbanoconvicto@hotmail.com

* Venha ser muito bem recebido pelo time "Suburbano", Tubarão, Alessandro Buzo e Marilda Borges

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Lançamento da coletânea "Poesia na Brasa II" na Livraria Suburbano, casa cheia e alto astral.

Texto: Alessandro Buzo
Fotos: Marilda Borges



Ontem (terça, 27/07/10), aconteceu na Livraria Suburbano Convicto do Bixiga, o lançamento da coletânea "Poesia na Brasa II". Foi uma noite entre amigos.
Além do Vagnão, Leco, Sidney, Samanta (da Brasa), contou com os autores, Walter e eu (Buzo).
Colou alguns amigos que vieram na Livraria pela primeira vez como o Fuzzil e o Carlos Carlos (Arte e Bola), com outros que já sabem o caminho.
A Ludimila (filha do Carlos Carlos) roubou a cena, chamando a atenção de todos.
Cerveja gelada, vário amigos, assim rolou mais um lançamento de livro da periferia, a elite treme.
Abaixo fotos de Marilda Borges




Buzo recebe amigos na Livraria Suburbano do Bixiga


amigas


Alessandro Buzo autografa seu texto no livro


Samanta Bioti


Nóis q ta


Carlos Carlos (Bola e Arte) e sua família


Buzo e Fuzzil


Astral lá em cima


Livros da quebrada


Vários amigos presentes

BOEMIA E POESIA.

Por: Manogerman.

Boemia e poesia
no meu tempo não ouvia,
O poeta andava sozinho,
O boêmio passa na madrugada.
Recitava e bebia.
Longe da periferia.

Germano Gonçlaves - Urbanista Concreto
todasascoisas@ig.com.br

Quando me descobri poeta

Por: Fanti Manumilde

Quando me descobri poeta o choque foi imenso, um verdadeiro báqui, digno até de trauma psicológico, devaneios, viagens e outras coisas mais. O engraçado é que na hora não percebemos nada, só depois de um tempo é que nos damos conta das coisas, recapitulando os fatos, daí a ficha caí.
Acabou que a minha maior questão era onde eu havia estado este tempo todo? Como pode? Era o encontro comigo mesmo, o preenchimento de um vazio, até lembrei-me da música do Cartola,’ Preciso me encontrar’ pois é eu tinha me encontrado.
Aquele menino triste de outrora, sentado no canto da parede, agora corria, pulava por todos os lados, cantarolava feliz da vida. Parecia que eu voltava de uma longa viagem, trazendo malas pesadas, com fome, com sede, pés doídos querendo descanso, querendo alguém pra conversar e como se fosse um passe de mágica não havia mais cansaço, os pés não doíam mais, sem fome, nem sede. Pessoas gentis vinham ajudar com as malas, onde seus cartões de visitas eram belos sorrisos, não me sentia mais só.
Foi como visualizar um vale lindo, cheio de luz, multicolorido, repleto de amor e de esperança. Pomares alimentando a todos, crianças se serviam, lotando os galhos, outras chegavam todas molhadas vindas do riacho onde se banhavam, agora iriam matar sua fome.
Me senti igual a elas, livres de tudo, e o limite era a amplidão do firmamento que muito me encantava, um azul celeste, salpicado de dourado num lindo entardecer. Pássaros aos montes passavam cantando suas melodias, borboletas amarelas coloriam a relva, a coisa mais linda que os olhos podiam ver e como criança não se contém, eu queria correr pra pegar as borboletas, andar na grama descalço, também pular no riacho, comer manga, caju e graviola.
Quando me descobri poeta foi um renascimento íntimo, foi voltar no tempo, ser menino de novo, lembrar das coisas boas, tirar a poeira do coração amarrotado, adormecido, reacender as fogueiras de paixões esquecidas. Foi uma transfusão de amor infantil, de pureza, vacina de sensibilidade contra o vírus da tristeza, com certeza o colírio pro olhar que não queria enxergar as coisas pequenas e lindas da vida.
Foi um sussurro no ouvido dado pela pessoa amada, jurando amor eterno, não sei bem, mas as vezes penso estar dentro de um sonho, e se for um sonho eu não quero acordar tão cedo. Sem fugir da realidade é bem melhor, ainda mais quando conseguimos transformá-la através da poesia, é uma coisa jamais pensada; mudar o pensamento das pessoas em prol do bem comum e no final de tudo descobri que ser poeta não apenas fazer poesia, é ser poesia, como bem disse o poeta Sérgio Vaz!
É isso, é louco mesmo! Quando me descobri poeta moiou pro sistema, meus braços se tornaram invisíveis pras algemas deles e a minha mente recebeu a profilaxia que precisava pra livrar-se da alienação total imposta pra nós, quando me descobri poeta foi foda, foi um báqui.


FANTI MANUMILDE É POETA E MORA EM HELIÓPOLIS
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terça-feira, 27 de julho de 2010

Heloisa Buarque de Holanda comenta meu livro: Hip Hop - De Dentro do Movimento

CONVERSA DE MANO
Por: Heloisa Buarque de Holanda

Este livro foi inventado no susto.
Numa certa tarde, no meio de uma conversa, Alessandro Buzo me disse: - Não existe ainda uma história do rap visto de dentro do movimento. E isso seria muito importante para todos.
Eu eu me disponho a fazer isso em três meses para você.
Os prazos eram curtos para fechar a segunda leva da Coleção Tramas Urbanas e Buzo sabia disso.
Uma história do rap em três meses.... será? Hesitei um pouco mas resolvi arriscar.
Na semana passada recebi a primeira versão dos originais prometidos.
Me surpreendi. Para uma professora de longa data como eu, uma história do rap obedeceria a metodologias de mapeamentos, pesquisas em diversas fontes, análise e interpretação de dados, enfim, rituais do pesquisador ou do historiador acadêmico.
Mas o livro que Buzo me ofereceu não ia por aí. Era um papo de mano, praticamente ao vivo, uma conversa de mesa de bar, gostosa, cheia de pistas e novidades. Um mapeamento arbitrário e pessoal, um descortinar de uma cena particular, de iniciados.
Como editora, pedi poucas mudanças. Alguns esclarecimentos factuais para leigos como eu.
Resolvi me permitir embarcar no clima que Buzo propôs e entrar pela fresta nesse mundo desconhecido dos bastidores do rap.
Valeu Buzo.

BREVE LANÇAMENTO.....
Hip Hop - De Dentro do Movimento de Alessandro Buzo
Aeroplano Editora

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Literatura (é) a Cura

Acabei de ler "Negrafias VOL 02 (Ciclo Continuo - 122 paginas)", Org. por Marciano Ventura
Gostei bastante, bons textos e bons autores. Destaco "Oubí Inaê Kibuko" que não conhecia, com o texto "Para Alguém Especial", entre outros....
Tem também nomes consagrados da Literatura Periferica como Michel Yakini, Elizandra Souza, Raquel Almeida....vale a pena ler "Negrafias 02", eu recomendo...

E você, que livro está lendo no momento ?

Aos 16

Por: André Vasconcelos
Twitter: @sempreandre


No inicio era tudo magnífico
A juventude era o máximo realismo
Sedução sem precaução
Igualdade irresponsável situação.

Em um jogo sem parâmetro para sexualidade
Seduziu levou as novas realidades
Conseqüência inevitável dessa cidade

As ações anteriores se fizeram presente
Vontade de ser adulto, resumo, carente
Hoje o efeito de uma causa anunciada anteriormente

Resultado positivo anuncia a gravidez
Criança consultório resultado “HCG”
Quase não viveu, barriga cresce aos 16 (anos)

Informação de prevenção quase nada
Data da fecundação no interior de uma balada
Perguntado o nome do pai da criança
Resposta: foi atração de momento
Por isso não sei sem esperança

Mais um filho que irá nascer nessa cidade
Sem nome do pai por não ter tido tempo de perguntar
Agora sua família esta sem uma das colunas
Sem informação impossível ter condições
Dinheiro vai ser a grande luta para ambas as sustentações.

Um deslize pelo desejo e falta de informação
Camisinha é careta anticoncepcional o posto de saúde é a solução
Solução de que,
Se o posto do bairro esta em falta de remédio faz (um ) ano tente prever

Aos 16 talvez não de pra entender
Que responsabilidade de uma gravidez é preciso de dinheiro para sobreviver.

Que filho é coisa seria e o custo é alto
Para que não falte leite,fralda e de você vontade
A realidade que é uma criança que aos 16 tem que crescer e que haja bondade.

Nasce mais um filho sem pai
Obriga-se uma criança virar adulta da noite para dia.
Essa é a condição.
E essa obrigatoriedade é muitas vezes pela falta de informação.
Deus abençoe nossas crianças e que a busca pela informação mude essa situação
Amém.

Algumas Informações.
Cerca de 1,1 milhão de adolescentes engravidam por ano no Brasil e esse número continua crescendo. O índice de adolescentes e jovens brasileiras grávidas é hoje 2% maior do que na última década; as meninas de 10 a 20 anos respondem por 25% dos partos feitos no país, segundo o Ministério da Saúde.
Estudo da Organização Mundial da Saúde mostra que a incidência de recém-nascidos gerados por mães adolescentes com baixo peso é duas vezes maior que o de mães adultas. A taxa de morte neonatal é três vezes maior. Esse são apenas alguns dos problemas da gestação na adolescência. Também há outra questão: as meninas que ficam grávidas acabam deixando de estudar para cuidar do bebê

domingo, 25 de julho de 2010

ENCONTRO LITERÁRIO COM ALESSANDRO BUZO

SÁBADO, 31 DE JULHO
16HS

Autor de O Trem, Suburbano Convicto, Guerreira....
Organizador da antologia Pelas Periferias do Brasil
Apresentador do quadro "Buzão Periférico" da TV Cultura

LOCAL: EE JORNALISTA FCO. MESQUITA
RUA VENCESLAU GUIMARÃES, 581
JD. VERÔNIA - ERM. MATARAZZO

Inscrições: mesquiteiros@hotmail.com
50 vagas

e ainda:
SARAU DOS MESQUITEIROS

31 DE JULHO
das 18HS ÀS 20HS

SARAU DOS MESQUITEIROS
microfone aberto pra poesia + mesa de pintura + banca de livros + grafite + música
+ dança + esquetes teatrais + alegria + sua presença = festa completa

Apoio:
Programa VAI - SECRETARIA MUN. CULTURA

Alcoolismo

Por: Fanti Mano Humilde
fantimanumilde@hotmail.com


E ele disse que bebe pra esquecer as mazelas, mas as mazelas não diminuem
Sua vida piora e tudo fica nessa.
Bebe pra esquecer as dores, os desamores, pra espantar o fantasma da solidão.
Conseguiu como companhia cirrose e uma baita frustração.
E a bebida lhe trouxe o desemprego, conflito familiar. Quando menos se esperou a rua era o seu lar.
Nas noites frias a cachaça aquecia sua miséria, enganava a tristeza. Zuava a auto-estima que já não era mais a mesma.
Mó zica, outra vez quase morreu na paulada, não viu nem quem foi, pois muito bêbado estava.
Não trabalha, não sonha, não vive, apenas pede esmola, tão debilitado parou até de puxar sua carroça.
Esquelético, rosto é pés inchados. Mal consegue andar, agora ele bebe por que não consegue mais parar.
Perdeu tudo por causa da bebida, só lhe resta a sua vida e quantas vidas se perderão por conta da bebida?
É um trem desgovernado acelerando. Gente enricando com o sofrimento humano.
Sem forças pra se levantar, um gole de pinga, ao amigo ele pede. Com um olhar opaco, confuso, pede ao amigo que lhe serve.
Bebe de uma vez, sente o amargo de toda a vida, a cabeça tonta, gira, gira,gira.
Não entende por que a vida não está passando na sua mente como um flash, sente enjôos, dores. Pensou em como estava tão doente.
Quer pedir ajuda ao amigo, o copo cai da sua mão e espatifa no concreto frio.
Seus olhos já não piscam, o pulso já não pulsa. Coração sem batida é a vitória do álcool em cima de mais uma vida

www.twitter.com/FANTIMANUMILDE
www.myspace.com/fantisolo

Mundano



MUNDANO
artetude@gmail.com

sábado, 24 de julho de 2010

Linguagem e Exclusão

Por: Jose Carlos de Alcantara
josecarlospeu@ig.com.br

“Tem alguma coisa estranha no jeito como você pronuncia as palavras.
Você é nordestino?” – Essa pergunta me foi feita por uma amiga numestágio. A minha esposa, também costuma rir de algumas pronúncias queela diz serem muito arrastadas.
É somente natural que eu carregue o sotaque nordestino na maneira de pronunciar algumas palavras.
A minha família é natural do município de São Lourenço da Mata, em Pernambuco,e veio para o Rio de Janeiro quando eu tinha apenas dois anos deidade.
Criado por pais nordestinos e rodeado por tios, tias esobrinhos com o jeito nordestino de falar, era inevitável que em algumas palavras as minhas origens se fizessem mais presentes do queem outras.
Notamos que os grandes grupos culturais, mesmo dentro de um mesmo país, diferenciam-se e isolam-se em suas relações.
Os signoslingüísticos de maneira geral refletem as diferenças e desmascaramdomínios de códigos dispares. “Apesar de pertencermos a uma mesma‘comunidade semiótica’, há uma diversidade de domínios lingüísticosdevido à diversidade das várias regiões que compõem o territóriobrasileiro, onde predominam linguajares com suas características próprias.” (FERREIRA, 1999)
Tratando especificamente da linguagem oral, é inevitável nãopercebermos a linguagem como porta-voz da exclusão.
As pessoas que vão das zonas rurais para os grandes centros urbanossão geralmente encarados como miseráveis, despreparados, sem cultura,muitos chegam a dizer que tais pessoas ‘nem sabem falar’. É como se aforma como tais pessoas falam não possui valor algum já que não falamcomo ‘nós’.
Deste ponto até a generalização é apenas um passo.Qualquer pessoa que não fale como os citadinos das grandes cidades do Sudeste, o padrão lingüístico para o restante do Brasil, são logo acomodados em grandes grupos tais como ‘paraíbas’, ‘baianos’,‘mineiros’, etc.
Notamos, também, que os sotaques das regiões mais aosul são apenas exóticos, enquanto os sotaques das pessoas do Norte eNordeste são tratados não apenas como exóticos, sendo bastanteestigmatizado.
A linguagem, cada vez mais, tende a excluir pessoas que estão forados seus grupos culturais de origem e não dominam os códigoslingüísticos do grupo cultural que visam integrar-se, o grupodominante.
Mas, a linguagem, deveria servir para a união dos homens enão para a exclusão.
Este é o desafio que, mais do que nunca, se nos apresenta.

Bibliografia: Ferreira, A. P. O Migrante na rede do outro.
Ensaios sobre alteridadee subjetividade. Rio de Janeiro/Belo Horizonte: Editora TeCorá, 1999.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Escolha

Por: Tubarão
dulixo13@hotmail.com

Cadê o amor que tanto dizem existir?
Muito fácil falar...quero ver sentir
Poucos querem somar...
Muitos pra dividir...
Se a igualdade é utopia
Vou fazer existir...
Comeu no meu prato...
Agora vem pra cuspir...
Confusão mental...
Pare pra refletir....
O mundo é maior que seu umbigo
Pensar diferente me faz inimigo
O caminho é árduo mais eu sigo
No conhecimento busquei meu abrigo
Reflexão no conselho dos antigos
Muitas vezes ao lado é que mora o perigo
Todos querem o céu...mas não agora
Vivem no breu mas sonham com a aurora
Quem ri primeiro...no final chora
Quem é sogra um dia já foi nora
Por vantagem o passado ignora
Todos dizem amar...mas da boca pra fora
Não vista a carapuça...nada pessoal
Em nome do bem vários investem no mal
Juram adoçar...mas são o mais puro sal
Acumulam milhões mais não valem 1 real
Querem salvar o mundo mas não cuidam de seu quintal
Continuem sorrindo...achando tudo normal
Economize nas lagrimas...vai precisar mesmo no final!

Tubarão
www.dulixo13.blogspot.com

Nosso novo colunista..........MUNDANO

MUNDANO
artetude@gmail.com

O mano MUNDANO é nosso novo colunista, mas seus textos vem junto aos seus graffittis, e serão publicados AQUI e no BLOG Buzo 10....
www.buzoentrevista.blogspot.com

Sobre eu mesmo

Por: Alessandro Buzo

Nas entrevistas que fiz para o livro que vem por ai (Hip Hop - De Dentro do Movimento), destaco uma frase do Thaíde, quando perguntei quem ele é no dia a dia.
- Sou sempre um guerreiro, mas em casa eu tiro a armadura, na rua não da.
Realmente. Na rua é melhor estar sempre alerta.
Não me vem com esse papo de que não tem inimigos, isso e aquilo.
Também não tenho, não devo nada pra ninguém, ajudo na medida do possível muita gente, mas não posso me dar ao luxo de dizer que não tenha inimígos, mesmo essa sendo uma palavra muito pesada.
Queria não ter e sair as ruas sem minha armadura de guerreiro, mostrar minha cara sem ela.
Mas o simples fato de você progredir, faz com que muita gente sem espírito, sem disposição, sem talento, sem história, te olhe com inveja e deseje seu mal.
Quando dou um passo sentido ao progresso, vou na fé, porque vão falar,isso é fato, mas é melhor falarem mentiras: - O cara se vendeu ?
- O cara só se preocupa com ele ?
- Ta enricando ...... (Até queria, na moral)
Do que você deixar de fazer as coisas por receio do que vão dizer e então irão falar: - Ta vendo ? Não falei que aquele cara não estava com porra nenhuma ?
- Você viu o cara, maior pilantra.
Entre as duas opções, prefiro a primeira.
Realizo mil fita e deixo que falem: - Fale bem, fale mal, mas falem de mim.
Os bico se ataca que eles estão comentando uma parada bem loka e na mesma semana vem outra.
Só para constar, não trabalho "tanto" porque quero, exclusivamente.
Também o faço por nescessidade. Quanto mais se cresce, mais conta pra pagar e quanto mais você ganha, mais você gasta, ja diziam.
Mas me mato de trabalhar, na ativa 12 à 15 horas por dia, porque prometi um futuro melhor pro meu filho, eu sofri nessa vida a minha cota e a dele.
Então pra ele convênio médido, um quarto na moral com as paradas dele, estudando inglés e por ai vai.
Mas a garantia maior em ainda não conquistei, uma casa, um teto pra gente chamar de nosso.
Ta bom, saímos da casa de 2 comodos que a gente morou por 11 anos (ele 8), na Favela do Buraco no Itaim Paulista. Mas saímos pro aluguel, só porque não dava mais pra morar em 2 comodos.
Mas um dia, nem que eu tenha que lutar até o fim das minhas forças, a gente chega lá, no objetivo.
Os 40 anos batem na porta (completo em 2012, antes da Copa no Brasil), de vez em quando dói aqui, dói ali. Me sinto cansado, confesso.
Mas cada dia que passa, visto minha armadura e vou pra luta.
Depois do objetivo alcançado, quem sabe eu não tire o pé do acelerador, afinal não tenho muitos sonhos de consumo.....e deixo as coisas acontecerem mais tranquilamente.
Ainda não posso, não coloquei filho no mundo para pagar os veneno que eu paguei.

Alessandro Buzo
Sobre (eu) mesmo.
www.buzo.com.br

Mundano

Por: MUNDANO
artetude@gmail.com

Essa poesia é uma paródia dos versus geniais do poema La Casa do mestre Vinicius de Moraes.

La Família

"Era uma família,
Muito desgraçada,
Não tinha teto,
Não tinha nada,
os políticos nada faziam, não,
com os seres humanos ali no chão,
Todos dormiam ali na rua,
independente do sol ou da chuva,
Todos podiam fazer pipi,
Porque o mijôdromo era logo ali,
para a família,
o mais difícil,
foi viver do desperdício"


MUNDANO
2008

original;
"
La Casa
Vinicius de Moraes /
Bardotti / Sérgio Endrigo

Era uma casa,
Muito engraçada,
Não tinha teto,
Não tinha nada,
Ninguém podia entrar nela, não,
Porque na casa não tinha chão,
Ninguém podia dormir na rede,
Porque na casa não tinha parede,
Ninguém podia fazer pipi,
Porque penico não tinha ali,
Mas era feita com muito esmero,
Na rua dos Bobos,
Número zero"

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Casa de Cultura Itaim Paulista vive dia de glamour


Alessandro Buzo na Casa de Cultura do Itaim Paulista, ultimo sábado (17/06/2010)

Com tarde de autógrafos, apresentação de filme, esquete de peçateatral, poesia, moda de viola e boa comida, típica de festa junina.Assim foi o Arraiá dos Artistas no dia 17 de Junho de 2010 na Casa de Cultura Itaim Paulista.
O ator, produtor e escritor Elvércio G. Valadares fez abertura doevento apresentando o filme e livro “Poeira e Flor” e contou sobre arealização do sonho que foi transformar o livro em filme e que o mesmo já foi visto em vários lugares do Brasil e até em outros países.O filme que é baseado em fatos reais da vida de Valadares, emocionou elevantou risos de toda platéia. A atriz e apresentadora da TV Cinec Gigi Maravilha, que no filme faz papel de mãe de Elvércio, falou daalegria e da gratidão que para ela foi fazer este filme.
Após exibição do vídeo, os escritores e convidados se dirigiram para oandar superior da casa de cultura onde tiveram oportunidade de falarsobre seus livros.
Djair Galvão escritor que é morador do bairro, falou sobre seu livro“O Saci de duas pernas”, que traz na fábula do folclore brasileiro adiscussão sobre as necessidades especiais e as possibilidades que asdiferenças podem trazer.
Iolanda Keiko Ota, mãe de Ives Ota, garoto assassinado em 1997 pelosseguranças das lojas da família, apresentou o livro “A vida do Ives Ota o mensageiro da paz” que trata sobre o perdão e a felicidadeinfinita que a família vive mesmo depois de ter passado pela grandetragédia, disse que “quando se exercita o perdão , a compreensão e oagradecimento a tudo, Deus mostra o caminho da verdadeira felicidade”.
Professor Jesus Matias de Melo, que também mora no bairro, falou sobre o documentário que fez sobre o Itaim Paulista, contando a história dobairro desde 1594 com ainda era uma cesmaria.
Já o escritor Alessandro Buzo, que traz em seu currículo, cincotítulos, usou o espaço para declamar poesia de sua autoria sobre obairro Itaim Paulista, região que o inspirou para escrever seus cinco livros.
Roberto Luz que passou boa parte de sua vida no Itaim Paulista temquatro livros escrito com mensagens para reflexões diárias falando daessência da vida que é o amor e da necessidade de olhar a vida deforma mais leve.
Marcielena Gonçalves apresentou dois títulos de sua autoria, duasobras de ficção a primeira trata sobre o amor e doação e o segundosobre amizade e as diferenças raciais.
Francisco Fernandes que é professor e poeta nesta região utilizou seutempo para declamar a poesia primavera que ele mesmo escreveu.
Durante o evento, as falas dos escritores foram intercaladas por modade viola apresentada pela dupla Lilo e Lelo e um bifê de comidastípicas de festas juninas.
De volta ao teatro os convidados assistiram a esquete da peça “Averdadeira história de Lampião e Maria Bonita” do grupo tetral Arteiros Espetaculosos, em seguida a apresentação do Sarau “O quedizem os Umbigos” do grupo Arraia Circo que homenageou Guimarães Rosa, declamando suas poesias.
Iara Lucia B. Puppi
Assessoria de Imprensa
Casa de Cultura Itaim Paulista

Sarau Suburbano Convicto na Livraria foi sucesso total, casa cheia e astral lá em cima.......


Alessandro Buzo apresenta o Sarau Suburbano Convicto no Bixiga e no Itaim Paulista


Quase não cabia na Livraria.....


Texto: Alessandro Buzo
Fotos: Marilda Borges

Nesta terça (20/07) aconteceu a 3a edição do Sarau Suburbano Convicto, realizado na Livraria Suburbano Convicto do Bixiga (Rua 13 de Maio, 70 - 2o andar)....
A casa foi lotando e bombou total. Vários amigos prestigiando o mais novo sarau periferico da cidade, nesta edição a periferia no centro.
Mas o Sarau Suburbano Convicto acontece em dois locais diferentes, uma vez na Livraria Suburbano do Bixiga (toda 2a terça-feira do mês) e uma edição mensal também no Espaço Suburbano Convicto na Casa de Cultura do Itaim Paulista, as edições de agosto são....agende-se.

10/08/2010 - Terça-Feira -(19h às 21h) - Sarau Suburbano Convicto - O Poder da Palavra.
Apresentação: Alessandro Buzo
Local: Livraria Suburbano Convicto
Rua 13 de Maio, 70 - 2o and - Bixiga (região central de SP)
Realização: Suburbano Convicto Produções

20/08/2010 (15h) - Sarau Suburbano Convicto
Apresentação: Alessandro Buzo
Local: Espaço Suburbano Convicto na Casa de Cultura do Itaim Paulista
Rua Barão de Alagoas, 340 - Itaim Paulista(região leste de SP)
Realização: Suburbano Convicto Produções

Mas voltemos a edição de ontem....
O primeiro a chegar foi o Andrio, depois o Sidnei da Brasa, depois outro, outra....
Pelo Twitter (@Alessandrobuzo) convidei pessoas a participarem virtualmente...
Às 19h30 abrimos o Sarau com poesia de Jéssica Balbino, enviada on line direto de Poços de Caldas-MG, depois Tubarão direto de Santos e por fim Carlos "Bola e Arte".
Depois de 3 participantes virtuais, começamos com os 29 poetas inscritos.
Anunciamos os Sarais da Ademar, Brasa e ELO como nossos padrinhos, mas todos os demais são bem vindos, Fundão, Cooperifa, Binho, Griots, O que dizem os Umbigos e todos os outros, uma só família.
Anunciei o Espaço Suburbano Convicto que inicia os trabalhos em agosto no Itaim Paulista, quando a livraria saiu da quebrada pro Bixiga, uns podem ter dito, agora o Buzo vazou de vez da quebrada, pra esses eu digo: - Vão ter que me engolir, não troco o Itaim Paulista por nada, tô mais lá do que vcs pensa. O Espaço é a prova disso, o Favela Toma Conta.....
O primeiro poeta de carne e osso, ao vivo e a cores foi uma mulher, aliás....as mina tomaram o Sarau de assalto, várias delas, olha que firmeza.
Então a Ligia do Sarau da Ademar abriu uma noite que se tornou inesquecível, mágica.
Depois foi indo, Juma (Ademar), Vagnão (Sarau da Brasa), Chelme (Brasa), Luciano Moura e depois eu (Alessandro Buzo). A casa a essa altura estava lotada e cada vez chegava mais gente, o sarau não pode "crescer" ..senão não cabe na livraria.
Chamei um dos poetas que mais me surpreendeu e marcou quando comecei a frequentar saraus, satisfação imensa chamar "Marco Pezão". Que declamou Agostinho Neto que foi Pres. de Angola.
Tinha colado uma banca de MCS (todos participaram da Batalha do Conhecimento), então chamamos o primeiro deles que não fez um FreeStyle e sim uma poesia, falo do Lucas Tristão, moleque novo, grande talento.
Aliás eles (mcs) vieram para dismistificar que mc de free style só sabe improvisar, eles vieram querendo mesmo declamar.
Seguimos, com o talento nato do Laureatti, depois o rapper FINO, antes do Andrio (ator e poeta), muitos talentos juntos, deve ser a tal crise do RAP, sei lá....
O proximo a ter a palavra foi a Camila Milani, direto da Zona Sul de SP, as mina representando, direto do Sarau Elo da Corrente...Raquel Almeida e a TATA da Quilombaque.
O clima estava muito bom, a noite linda. O som lá fora era dos moleque do Bixiga jogando bola (normal). Periferia do Centro.
Dando continuídade venho DJ e poeta Ivonverine, mandou uma poesia bem rua, bem periferia, uma das melhores da noite entre tantas bem loka.
Segue a rima, ou melhor....a poesia.
Foi a vez da Cris, seguida de mcs, o primeiro deles o NINO que mandou um Free Style, seguido do Tiagão que preferia a poesia.
De novo a mulher tomou a palavra, e quem encantou com seu talento foi a Samanta Bioti da Brasa, seguido da Camila (outra, sem ser a Milani que já tinha ido).
Depois venho a Drix da Ademar..........espera ai, só tem mulher nesse Sarau (da) Ademar, não...chamamos o Paulinho, representante masculino (não se sabe se o único ou não) da Ademar. Então venho o Sidnei da Brasa (tem mais gente com sobrenome Brasa no Brasil do que Silva).
Fomos chegando na reta final e chamamos o Zinho Trindade, meu amigo do Embu.
Convocamos então o campeão da Batalha do Conhecimento que rolou esses dias no SESC Pinheiros (Um só Caminho, salve irmãos), falo do Marcello Gugu que também, dismistificando de vez.... venho de poesia.
Segue com a Lids da Ademar, depois seu João do Nascimento do ELO da Corrente.....
Antes do ultimo poeta da noite (que noite negô)...chamei os Mcs, afinal ficamos com vontade de ver um improviso, eles não iam nos deixar na mão....Nino, Lucas, Tiagão e Marcello Gugu, com reforço do Zinho Trindade.....IMPROVISO NO AR. Genial.....
Então.............pra fechar uma noite que já entrou para a história da literatura e poesia periferica, meu amigo Michel da Silva Yakini do Elo da Corrente, que chegou logo ironizando a "CRISE", que crise ?? Antes de mandar sua poesia.
Gosto de quero mais, os poetas sairam pelas ruas do Bixiga, meio que querendo fazer poesia na calçada, muitos pararam nos botecos ao redor, enfim....seguimos nossa caminhada, mais fortes do que nunca.
Obrigado amigos (As), quem participou on line, quem venho ao vivo e a cores e quem não colou mas queria ter colado, obrigado a quem só venho assistir, quem desejou Axé.
Obrigado a quem atendeu minha convocação, obrigado por vestirem a camisa, vcs são o Sarau Suburbano Convicto.
Alessandro Buzo
www.buzo.com.br
www.livrariasuburbanoconvicto.blogspot.com




Saindo do computador.....abrimos o sarau com poesias vindas pelo TWITTER (@Alessandrobuzo), na foto manos que "vieram" assistir, atendendo a convocação feita no proprio Twitter.


Ultimo poeta da noite.....Michel da Silva


Atendendo a pedidos....sessão de free style


João do Nascimento


Lids


Zinho Trindade


Da Hora


Sidnei da Brasa


Marcello Gugu, campeão da Batalha do Conhecimento


Fanti


Drix


Paulinho


Camila


Samanta Bioti


Tiagão


Nino


Cris


Ivonverine


TATA


Raquel Almeida


De olho na poesia


Camila Milani


Andrio


FINO que dia 29/07 vai estar em "Tarde de Autografos" na Livraria....com seu CD


Laureatti


Primeiro MC da noite, Lucas....


Marco Pezão


Luciano Moura


Chelme


Vagner da Brasa


JUMA


Depois das poesia on line, Ligia abriu o Sarau


quem viu ...sorriu

Fotos: Marilda Borges
www.marildafoto.blogspot.com